sexta-feira, 7 de março de 2014

Ia escrever sobre o dia dos 3 anos do meu filho, aquela coisinha loira de caracóis, que me pediu de presente de anos ovo dichucuiáti, ia contar-vos o programa que tínhamos, que seria acordar e levá-lo ao toys’r’us, chegar lá e soltá-lo, agora vai à tua vida, escolhe o que mais gostas, é assim um fetiche que me persegue desde que nasci, mesmo sabendo que provavelmente ele ficaria preso nas caixas de pagamento onde estão as gomas e os smartis, ia contar-vos que por este motivo não tínhamos nada embrulhado dentro do armário, para aquele dia de 01 de Março, dia em que (oh meu deus) completou mais um ano aquela pessoa que veio de mim, e depois de uma noite estranhamente mexida, acorda o miúdo a arder em febre, e pior, a vomitar e enjoado, cantámos-lhe os parabéns depois do vimitado, e ele chorava a dizer “num canta mãe num canta”, ia contar-vos isto mesmo, que se adiou a festa e o dia passado de três em três horas a medir febre, e ele chorando enjoado e febril, que queria ovo, xóumovo mãe, e eu de coração nas mãos, a ver-lhe aquelas bochechas gordas encarnadas, sem lhe poder dar o que ele mais queria, que era uma puta de um ovo de chocolate. Ia contar-vos esta odisseia toda, que me levou a passar a tarde do feriado de carnaval no modelo, a encher um carrinho de gomas, smartis e confetis, um carrinho de sonho para qualquer puto, para lhe dar, uma semana depois, a festa de sonho, carregada daquilo que ele mais gosta, que é só açúcar, não é nem bicicleta, nem legos, nem o caraças, são mesmo calorias.
Mas não vos conto. A minha mão está ocupada a sentir um bebé que mexe dentro de mim…

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